A+, o mais prevalente, com disponibilidades para quatro dias. Infeções respiratórias e férias explicam quebra.

 

“Uma dádiva pode salvar até três vidas”. Mote da campanha do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST). Agora reforçado, numa altura em que, mais cedo do que o habitual, as reservas estão em baixo. Sobretudo do grupo sanguíneo A+, o mais prevalente na população.

 

Todos os anos, explica ao JN a presidente do IPST, registam-se dois picos, sazonais, de carência: entre janeiro e fevereiro, altura das infeções respiratórias; e em agosto, quando os dadores vão de férias. Acontece que, diz Maria Antónia Escoval, neste ano o “período de carência apareceu um mês mais cedo”, o que poderá estar relacionado com as férias (“embora se realizem sessões de colheita junto às praias”) e com o aumento das infeções respiratórias, nomeadamente de covid. Porque, explica aquela responsável, em caso de gripe ou de covid “há um período de suspensão de 15 dias para a dádiva”.

 

 

A+ e mil unidades por dia

“O mais carenciado é o A+, que é o mais prevalente”, com as reservas nos hospitais a sete dias e no IPST a cerca de quatro dias, revela. Em termos nacionais (IPST + hospitais), o O+ e A- têm reservas para 10 e 15 dias, respetivamente. No caso do O-, as reservas do IPST chegam para cinco dias. Considerando-se grupos carenciados aqueles cujas reservas asseguram quatro a cinco dias, afirma Maria Antónia Escoval.

 

Sublinhando, ainda, que “as reservas são dinâmicas”, na medida em que “todos os dias se está a colher sangue nos 29 serviços de sangue”. Bem como nos três centros regionais do IPST – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Setúbal –, tanto nos postos fixos (das 8 às 19h30) como nos móveis, com três sessões de segunda a sexta-feira e quatro no fim de semana. Por dia, explica a presidente do IPST, os hospitais utilizam cerca de 1100 unidades de sangue. 

 

 

Quanto ao número de dadores, revela que aumentou no ano passado face a 2022, “principalmente os dadores regulares, enquanto os de 1.ª vez mantém-se estável”. Contudo, explica, “o número de dádivas por dador diminuiu”, sendo semelhante ao de 2022.

 

Quem pode doar

Ter entre 18 e 65 anos, peso igual ou superior a 50 kg e estilos e hábitos de vida saudáveis. Mais informação em “dador.pt”.

 

 

Limite de doações

É aceitável um intervalo mínimo de dois meses entre dádivas, num limite de três e quatro por ano para mulher e homem, respetivamente.

 

Fonte: https://www.jn.pt/670512506/com-reservas-em-baixo-instituto-do-sangue-apela-a-dadiva/